BAIXAR DISCOGRAFIA-CARLOS CEZAR E CRISTIANO
João Carlos Cezar Dorácio, o grande cantor e compositor Carlos Cézar, nasceu em 02 de junho de 1942, porém foi registrado no dia 08 de agosto, na cidade de Pradópolis, no interior do estado de São Paulo.
Antonio Caires Dourado (Cristiano), nasceu no dia 24 de novembro de 1955 em Piacatu, no estado de São Paulo.
Quanto à formação da dupla, tudo começou numa reunião de amigos, com Cristiano fazendo a primeira voz, e a segunda voz, a cargo de Carlos Cézar e, em dado momento, espontaneamente, eles inverteram os papéis, dentro da mesma música, sem interrupção. Tal entrosamento animou Carlos Cézar e Cristiano a formar a dupla.
Ambos já lutavam bastante por uma carreira artística. Carlos Cézar como cantor, compositor, letrista, instrumentista e produtor, com brilhantes participações em festivais diversos, tanto na MPB como também na música sertaneja. Carlos Cézar conseguia compor com incrível facilidade, chegando inclusive a musicar os versos ao mesmo tempo em que lia a letra da música.
Juntamente com José Fortuna, Carlos Cézar compôs mais de uma centena de músicas, gravadas por diversos intérpretes.
A consagração de Carlos Cézar como compositor e parceiro de José Fortuna aconteceu por ocasião do II Festival Record (em 1979, apresentado por Geraldo Meirelles), no qual os dois compositores conquistaram três primeiros lugares, com todos os méritos: "Riozinho" (José Fortuna e Carlos Cézar) foi defendida pelas Irmãs Galvão, com o próprio Carlos Cézar acompanhando-as com o violão, e conquistou o primeiro lugar, tendo sido considerada como sendo a melhor letra, dentre mais de 13.000 concorrentes. "Berrante de Ouro" (José Fortuna e Carlos Cézar) foi a segunda colocada e também arrebatou o prêmio de melhor melodia, tendo sido defendida por "Josemar e Joselito", juntamente com José Fortuna, Carlos Cézar e Pitangueira. E "Brasil Viola" (José Fortuna e Carlos Cézar) contou com a belíssima interpretação do Duo Ciriema, mais um excelente grupo de Catireiros, e conquistou o terceiro lugar, além do prêmio de melhor interpretação.
Ainda naquele ano, a Secretaria do Trabalho do Estado de São Paulo oficializou a composição feita também em parceria com José Fortuna, "Hino do Trabalhador Brasileiro" (Carlos Cézar e José Fortuna).
Dois anos depois, em 1981, Carlos Cézar e José Fortuna voltaram a conquistar o primeiro lugar no mesmo Festival com a composição "O Vai e Vem do Carreiro" (Carlos Cézar e José Fortuna).
O jovem Cristiano, por outro lado, com sua voz excepcional e vibrante, além de bastante sensibilidade, também desenvolveu de forma brilhante a arte da Oratória.
Desiludido, após tantas diferentes tentativas, já quase desistindo de tudo, Cristiano acabou tendo a intuição de procurar por Carlos Cézar, que já vinha se tornando famoso por suas já bastante requisitadas composições, inclusive em parceria com José Fortuna, que, por sinal, também foi um grande incentivador e padrinho da nova dupla que se formava, após ter testemunhado o maravilhoso entrosamento musical de ambos.
A dupla chegou a ser conhecida na época como "A Nova Maravilha Sertaneja", com o modo de interpretar, a instrumentação, o repertório e o visual bastante originais e inovadores, sem no entanto ferir o velho estilo caipira raiz. Carlos Cézar e Cristiano atraíam uma média de 15.000 pessoas em suas diversas apresentações ao ar livre, nas diversas cidades por onde passavam.
Além de composições próprias, Carlos Cézar e Cristiano também gravaram diversas versões de músicas originalmente nos idiomas inglês e espanhol. E, nesse caso, faziam questão de cantar alguns trechos das músicas em espanhol, pois consideravam que o grande público não estava sendo enganado: sabia que ouvia de fato uma versão.
No início da década de 80, antes mesmo de gravar o primeiro disco, a dupla já havia conquistado um enorme sucesso, de modo que haviam feito um contrato com o Governo do Estado de São Paulo (até 1982), pelo qual percorreram o interior paulista em caravanas diversas, nas quais eram bastante aplaudidos. Em Novo Horizonte, por exemplo, a tourneé se prolongou por quase uma semana.
O último show de Carlos Cézar e Cristiano foi no dia 06 de abril de 2002 na cidade de Mogi Guaçu/SP, na "Expo-Guaçu", numa noite inesquecível na qual a dupla dividiu o palco com Daniel.
Carlos Cézar faleceu em Mogi Guaçu/SP no dia 06 de maio de 2002, vítima de insuficiência renal. E Cristiano ficou ausente do meio artístico durante 4 anos.
Em 2006 o Cristiano acrescentou o sobrenome César, homenageando o antigo companheiro da dupla, e lançou seu primeiro CD-solo, intitulado "Trem Ajeitado", pela gravadora Atração Fonográfica. Além de algumas composições próprias, o CD contém dois antigos sucessos da dupla que são "Moça Caminhoneira" e "O Vai e Vem do Carreiro".
Em dezembro de 2007 a Academia Guaçuana de Letras homenageou Carlos Cézar, no evento que se realizou no auditório Professor Geraldo Ferreira Gonçalves, na cidade de Mogi Guaçu, que contou com a participação de sua esposa Virgína Keer (também compositora) e de sua filha Tammy César. Nessa homenagem, o acadêmico Capitão Mauro Martins dos Santos fez um pronunciamento sobre a marcante passagem do poeta sertanejo pela Academia e o acadêmico Maestro Barzon conduziu o Coral Familiar na interpretação da música "Terra Tombada".
Carlos Cezar e Cristiano (1981)
Carlos Cezar e Cristiano (1982) O Forasteiro
Carlos Cezar e Cristiano (1983) Expresso Boiadeiro
Carlos Cezar e Cristiano (1984) O Filho do Caminhoneiro
Carlos Cezar e Cristiano (1985)
Carlos Cezar e Cristiano (1988) Pro Que Der e Vier
Carlos Cezar e Cristiano (1989)
Carlos Cézar e Cristiano (2001) Dose Dupla
Carlos Cézar e Cristiano (2001) Vai e Vem Do Carreiro
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SERTANEJO RAIZ
SERTANEJO_C
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